segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Pontos de Cultura celebram prêmio de Mídia Livre

Por Luiz Sammartano

Postagem Welber Correia


O edital para o prêmio Pontos de Mídia Livre – lançado pela Secretaria de Programas e Projetos Culturais do MinC, no dia 29 de janeiro, durante o Fórum Social Mundial (FSM), em Belém (PA) – é considerado pelos Pontos de Cultura como um grande incentivo e reconhecimento às instituições que realizam trabalhos de comunicação compartilhada. Pontos de Cultura que trabalham com mídia livre – seja com iniciativas em vídeo, blog, jornal, rádio comunitária, entre outros – já elaboram seus projetos para se candidatar a um dos prêmios. O prazo de inscrição vai até 12 de março.

Integrantes do Ponto de Cultura Índios Online, que estiveram presentes no lançamento do edital, disseram que a equipe já elabora o projeto que concorrerá a um dos prêmios. ”Vamos nos inscrever porque o edital só tem a contribuir para o nosso trabalho”, comentou Indianara, uma jovem indígena da comunidade Guarani Kaiwoá, de Mato Grosso do Sul.

Indianara fazia a cobertura do FSM junto com a colega Aracé, da nação Pankaruru, de Pernambuco. As duas integrantes coletavam áudios, filmavam e fotografam com um celular, uma iniciativa do Índios Online que substitui o computador e diminui o tempo de trabalho. ”O nosso trabalho permite que nós, indígenas, falemos para os nossos semelhantes. Enfocamos em temas como políticas públicas, meio ambiente, educação, sustentabilidade e realizamos um intercâmbio entre participantes de várias nações do Brasil”, explicou Aracé.

Troca de experiências
Para Benedito Britto, coordenador do Ponto de Cultura Ampliarte, de Belém, o prêmio de Mídia Livre permitirá um maior intercâmbio entre os Pontos que trabalham com comunicação. ”Aqui no Pará são vários os Pontos, seja na capital ou interior. Há um trabalho muito forte de rádios comunitárias, e o prêmio incentivará ainda mais essas iniciativas”, comentou.

Há três anos como Ponto de Cultura, o Ampliarte realiza oficinas de teatro, dança, capoeira e informática para mais de 80 crianças e adolescentes na ilha do Mosqueiro, na capital paraense. Além disso, produz vídeo-documentários sobre a cultura da região.

Nenhum comentário:

Postar um comentário